O Ranking Universitário Folha (RUF), levantamento anual realizado pelo jornal Folha de S. Paulo, revelou um dado significativo em sua edição 2024: as 10 melhores universidades privadas brasileiras são sem fins lucrativos. Dessas, sete são católicas.
No cenário educacional do país, esse resultado reforça a relevância das instituições filantrópicas e confessionais. Guiadas por valores, compromisso comunitário e missão educacional, elas desempenham um papel essencial na formação de profissionais e no desenvolvimento social. Prova disso é que, segundo a Associação Nacional de Educação Católica (ANEC), 61% dos estudantes dessas instituições vieram de escolas públicas. Dessa maneira, fica evidenciado o papel das IES confessionais na democratização do ensino superior.
Além disso, de acordo com o Semesp (Sindicato das Entidades Mantenedoras de Ensino Superior no Estado de São Paulo), a taxa de evasão nas instituições católicas é aproximadamente 10% menor do que nas demais particulares. Isso impacta também nos índices de conclusão, que chegam a ser 9% superiores aos das federais e até 16% acima do índice das privadas não católicas, segundo a ANEC.
Esse desempenho não é por acaso. A consistência dos resultados está ligada à profissionalização da gestão, bem como a adoção de boas práticas de governança, garantindo sustentabilidade, excelência acadêmica e fidelidade à missão institucional.
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PUCPR: exemplo de transformação e crescimento
Entre as melhores universidades privadas que se destacam no RUF 2024, a Pontifícia Universidade Católica do Paraná ocupa a terceira posição no ranking nacional. Nos últimos anos, a instituição passou por uma transformação estratégica que impulsionou seu desempenho.
Desde 2022, a PUCPR realizou uma série de ações internas que otimizaram os resultados, como a revisão da governança, a implantação e atualização de processos, o fortalecimento de lideranças e a adoção de OKRs (indicadores de desempenho), por exemplo. Essa metodologia de gestão auxilia na definição de metas ambiciosas e resultados mensuráveis, garantindo maior clareza e controle na execução do plano estratégico.
Os resultados são expressivos: em 2024, a universidade alcançou 92,9% das metas previstas para captação de recursos, garantindo fôlego para novos projetos e sustentabilidade financeira. Além disso, registrou um crescimento de 64,4% no número de matrículas entre 2022 e 2024, ultrapassando a marca de 40 mil estudantes.
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