O que você quer ser quando crescer? A frase-clichê da infância nunca teve tantas possibilidades de resposta como hoje. Se antes o futuro era mais previsível – estudar, escolher uma profissão, fazer vestibular, se formar, arranjar um emprego e, quem sabe, fazer uma pós-graduação – hoje o caminho nem sempre é linear. E nem precisa ser. Em um mundo onde o aprendizado contínuo tornou-se essencial, o conceito de Lifelong Learning (aprendizado ao longo da vida) está remodelando não apenas o mercado de trabalho, mas também a abordagem das instituições de ensino superior em relação à educação.
Neste cenário, a Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR) emerge como um exemplo de adaptação e inovação, demonstrando que excelência e tradição não são sinônimos de acomodação. Por isso, cada vez mais a PUCPR abraça o conceito de Lifelong Learning em sua oferta, alinhando-se às necessidades contemporâneas do mercado e se conectando com um público que entende que podemos e devemos ser eternos aprendizes.
O conceito de Lifelong Learning
Lifelong Learning é a prática de buscar continuamente novos conhecimentos e habilidades ao longo de toda a vida. Esta tendência reflete uma mudança significativa na forma como indivíduos e organizações percebem a educação: não mais como uma etapa limitada no início da vida, mas como um processo contínuo, essencial para o desenvolvimento pessoal e profissional em um ambiente de trabalho cada vez mais dinâmico.
Este conceito se torna ainda mais relevante ao considerarmos o rápido avanço tecnológico em diversas áreas. Um exemplo claro desta evolução é evidenciado no relatório do LinkedIn sobre “Empregos em Alta em 2023”, que destaca o crescimento significativo de profissões ligadas à tecnologia e à análise de dados. Cargos como Analista de Privacidade, Especialista em Cibersegurança e Engenheiro de Dados são apenas alguns exemplos de profissões que, até poucos anos atrás, eram inexistentes. Assim, para aqueles que ingressam em novas carreiras definidas pela era digital – como desenvolvedores de Chatbot, Analistas de Marca ou Gerentes de Sustentabilidade –, a educação contínua é crucial para acompanhar o ritmo acelerado da inovação e das mudanças tecnológicas.
Lifelong Learning em todas as áreas
Mas a importância do aprendizado contínuo não se restringe às novas áreas: ela cresce em todas as profissões. Mesmo para profissionais em carreiras tidas como tradicionais, como Medicina, Direito e Engenharia, o Lifelong Learning se manifesta na necessidade de permanecer atualizado com as últimas descobertas, tecnologias e metodologias, seja em suas áreas ou não. Afinal, quem imaginaria, há 10 anos, que médicos estariam aprendendo habilidades de marketing ou advogados se dedicariam a entender como a análise de dados influencia no seu dia a dia?
Foi pensando nesse contexto que a PUCPR – que já há alguns anos se dedica a promover a formação contínua por meio de seus programas de pós-graduação – entendeu que precisava dar um passo a mais. “Assim, surgiu a ideia de organizar uma área exclusivamente dedicada ao Lifelong Learning, capaz de entregar formações rápidas, que respondam não apenas às demandas do mercado, mas também às necessidades de aprendizado de um público cada vez mais conectado”, justifica Daniela Gumiero, responsável pela área de Planejamento e Estratégia na PUCPR.
De acordo com ela, um dos grandes desafios do programa é desenvolver uma solução que possibilite uma experiência virtual e imersiva para os estudantes. E, para acelerar esse desenvolvimento, a PUCPR lançou mão de uma prática por si só disruptiva: a inovação aberta.
Inovação Aberta: agilidade nas soluções
O conceito de Inovação Aberta ou Open Innovation, representa uma mudança paradigmática na forma como as empresas abordam o desenvolvimento e a implementação de novas ideias e tecnologias. Ao contrário dos modelos tradicionais de inovação, que tendem a ser internos e fechados, a Inovação Aberta incentiva as empresas a buscarem ideias e soluções para além de suas fronteiras organizacionais. Isso envolve colaborações com startups, universidades e institutos de pesquisa.
No caso da PUCPR, a inovação aberta para construir a nova plataforma de aprendizado conta com a parceria da Hotmilk, o Ecossistema de Inovação da universidade. O programa captou, em outubro de 2022, 206 startups para acelerar esse desenvolvimento tecnológico. Após os pitches, em que as startups apresentaram suas soluções, restaram 14 finalistas, que passaram ao longo deste ano pela fase da imersão.
“Considerando que a PUCPR tem esse arsenal de conhecimento e também de recursos humanos, ou seja, de pessoas com grande expertise em diferentes áreas, achamos muito sensato desenhar dessa forma”, explica Daniela Gumiero.
O que vem por aí?
Encaminhando-se para a fase final, de negociação com as startups, o programa de Inovação Aberta já é capaz de dar forma ao projeto de Lifelong Learning da PUCPR. Trocando em miúdos: vem aí, em breve, uma nova plataforma. E aqui fica o spoiler: mais que ofertar formações, conteúdo e educação, ela oferecerá um novo conceito de serviço, focado no desenvolvimento humano integral e não apenas técnico. “A ideia é ajudar os estudantes a trilharem seus caminhos. Mas, claro, sem nunca perder o foco na profundidade do conhecimento, que é um diferencial da PUCPR”, afirma Daniela.
Ficou curioso para saber o que a PUCPR está desenvolvendo? Muito em breve, contaremos aqui pra vocês 😉
