Geração do Quarto: entenda o impacto na sociedade

geração do quarto
Você sabe o que é a Geração do Quarto? Saiba, neste post, do que se trata esse conceito e qual o impacto na sociedade dessa nova geração.

O livro do neuropsicólogo Hugo Monteiro Ferreira, “A Geração do Quarto: Quando crianças  e Adolescentes nos Ensinam a Amar”, traz resultados de uma pesquisa realizada com cerca de 3 mil adolescentes entre 11 e 18 anos e aponta um impacto negativo na sociedade, principalmente para os que pertencem à “geração do quarto”.

Ao todo, 238 jovens analisados fazem parte da “geração do quarto”, termo criado pelo autor para denominar os jovens que passam muito tempo isolados. Em geral, ficam no quarto por mais de seis horas por dia, com quase nenhuma comunicação com as pessoas que moram na mesma casa.

O problema é que esses jovens estão com dificuldade para verbalizar o que sentem e se aproximam da violência intensa contra si ou contra os outros. Para ajudar, entenda mais sobre esse tema e confira 6 maneiras para minimizar este impacto na sociedade. 

Qual o real impacto na sociedade da Geração do Quarto?

Em primeiro lugar, é importante entender que o termo quarto é uma metáfora ao isolamento, que se refere ao fato de o jovem não saber expressar sua dor e não pedir ajuda.

No entanto, na adolescência, já existe uma tendência natural ao isolamento. Por outro lado, este tipo de isolamento gera sofrimento profundo e com o avanço tecnológico, esse jovem mergulha na internet e encontra um mundo de possibilidades, distante do controle parental.

Nesse cenário, existem estudos que demonstram: o uso excessivo das tecnologias digitais acarreta em vários problemas sociais e comportamentais, como a depressão, ansiedade, narcisismo, dependências, entre outros.

Segundo Monteiro Ferreira, 75% dos entrevistados fazem parte dessa geração do quarto. Considerando os grandes problemas psicológicos que os jovens entre 15 e 29 anos apresentam, sendo o auto-extermínio como a segunda maior causa de mortes no mundo nessa faixa etária, o impacto na sociedade é bastante preocupante.

Sem contar que jovens com esse comportamento têm maior probabilidade de serem mais violentos e entrarem para o mundo do crime, abusando de álcool e de outras substâncias nocivas. Portanto, buscar meios de minimizar esses impactos é questão de urgência pública. 

6 maneiras de minimizar os efeitos da geração do quarto

De fato, não há uma receita pronta para resolver os problemas que afetam a “geração do quarto”. Ainda assim, existem algumas atitudes que podem construir uma aproximação com o adolescente. Confira nossas sugestões.

1. Ouça atentamente

Quando seu filho falar, escute com atenção. Mas procure ouvir sem julgamentos, apenas ouça. Não compare, não antecipe a resposta, não dê conselhos. É preciso se dar conta que o adolescente é uma pessoa repleta de emoção e que se encontra numa fase sensível.

Afinal, o jovem que se enquadra na “geração do quarto” se encontra numa posição bastante vulnerável e, embora não peça ajuda, ele deseja ser ajudado. Então, pratique a escuta afetiva. Ou seja, respire e ouça com atenção aquilo que ele diz.

2. Foque em autoconhecimento

Atualmente, é fundamental que as escolas desenvolvam a inteligência emocional de seus alunos e que a família contribua com esse processo em casa. Nesse contexto, um dos fatores que servem de base se trata do autoconhecimento.

Ou seja, a criança precisa saber de onde ela veio, quem são seus familiares, qual sua origem, como é sua história, detalhes de sua infância. Além disso, existem muitas maneiras de buscar o autoconhecimento.

No ambiente escolar, disseminar o respeito pelas diferenças é uma dessas maneiras. Nesse cenário, outras habilidades são desenvolvidas, como a empatia e a compaixão, auxiliando o desenvolvimento da inteligência emocional.

3. Invista no diálogo

Outro ponto crucial é manter o diálogo aberto. Por meio de uma boa comunicação, você fortalece os vínculos e ambos contam com a oportunidade de se conhecerem melhor e se entenderem mais.

Vale considerar que o adolescente já não é mais uma criança e tratá-lo como uma pode afastá-lo ainda mais. Portanto, retome a primeira dica e escute-o sempre com atenção, para só depois emitir sua opinião de maneira respeitosa, mas firme em seus argumentos.

4. Se interesse pelo que seu filho gosta

Essa dica vale para todas as etapas da vida dele. Mas, na adolescência, essa questão pode dificultar o relacionamento entre pais e filhos. Então, busque conhecer os gostos do seu filho, de quais músicas ele gosta, quais as disciplinas preferidas, a posição política, etc.

Deste modo, você cria repertório para ter mais assuntos com seu adolescente e assim ficará mais fácil descobrir se seus gostos são saudáveis. Além disso, você poderá descobrir novos assuntos interessantes que ajudarão a criar um vínculo entre vocês.

5. Seja o líder

Quando a fase da adolescência chega, os filhos desejam tomar decisões por conta própria e, embora seja importante proporcionar autonomia, é necessário ter um limite nessa questão.

Afinal, eles estão numa fase complicada, pois pensam que sabem de tudo. No entanto, ainda precisam de uma pessoa madura para liderar a casa. Portanto, mostre respeito por suas opiniões, mas ele precisa saber que ainda assim a decisão final é sua.

Vale ressaltar que é necessário ter cuidado com o autoritarismo, já que assim você afastará ainda mais seus filhos. Mas, é importante evidenciar que existem posições hierárquicas na família e na sociedade, essenciais para o crescimento saudável. 

6. Busque ajuda profissional para diminuir o impacto na sociedade

Por fim, é importante perceber que existem quadros profundos, principalmente com jovens que se enquadram na “geração do quarto”, e eles precisam de ajuda profissional para diminuir os impactos negativos na sociedade.

Como mencionamos, muitos desses jovens já podem estar enfrentando problemas psicológicos, como a depressão, o bullying ou o ciberbullying. Nesses casos, somente um profissional capacitado poderá ajudar.

Saúde mental não pode ser um tabu em sua casa. O Grupo Marista sabe disso e está atento aos sinais e aos sintomas de qualquer tipo de transtorno. Então, se você gostou desse artigo, compartilhe com seus amigos e ajude outras pessoas a lidarem com essa situação.

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