Você já ouviu falar sobre revelação espontânea? Este é o nome dado pela legislação brasileira ao momento no qual uma criança ou um adolescente que foi vítima ou testemunha de violência conta a uma pessoa de sua confiança sobre essa situação. Mais do que conhecer o termo, no entanto, é fundamental que a comunidade esteja preparada para identificar e acolher esses relatos.
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Com a defesa e a proteção das infâncias e juventudes como pilar da missão do Grupo Marista, atuamos para fomentar e fortalecer redes de proteção. Fazemos isso especialmente por meio do Centro Marista de Defesa da Infância (CMDI), Frente de Missão que promove inúmeras iniciativas com o objetivo de qualificar o Sistema de Garantia de Direitos da Criança e do Adolescente.
O olhar das instituições de atendimento
No dia a dia, espaços que atendem crianças e adolescentes são estratégicos para o enfrentamento às violências contra meninas e meninos. Caracterizado pela formação de vínculos e convívio próximo, esses espaços oferecem oportunidades para a identificação e a interrupção de ciclos de violência. Além disso, os laços de confiança formados ali podem fazer com que meninos e meninas se sintam mais seguros para uma revelação espontânea.
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Os relatos de violência são espontâneos podem ser feitos a qualquer pessoa, independentemente de formação ou área de atuação. Assim, as instituições de atendimento a crianças e adolescentes precisam estar preparadas e qualificar todo o quadro funcional, sem distinção de atribuições. Conforme explica Cecília Landarin Heleno, do CMDI, “é um momento muito delicado, e toda a comunidade educativa deve estar preparada para fazer essa acolhida de forma responsável e que não revitimize a criança”.
A fim de colaborar com a disseminação de informações, o CMDI lançou, em parceria com a FTD Educação, a plataforma online Revelação Espontânea. Voltada para a comunidade educativa, ela apresenta perguntas e respostas sobre o que um adulto pode fazer caso uma criança relate uma situação de violência que sofreu ou testemunhou. No ar desde 2023, ela integra as produções educativas da Campanha Defenda-se, que tem o objetivo de contribuir com políticas de enfrentamento à violência, com foco na prevenção.
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Formação e capacitação
Com três linhas de ação, o programa Defenda-se inclui campanhas de comunicação, produção de conhecimento e processos formativos para instituições e educadores. Apenas em 2023, mais de 7.500 pessoas participaram de formações durante todo o ano. E o trabalho continua em 2024.
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No último dia 26 de junho, o CMDI realizou mais um momento formativo para profissionais da rede de atendimento a crianças e adolescentes de Curitiba. O seminário abordou o tema “Revelação espontânea: Desafios e responsabilidades”, com o objetivo de qualificar o acolhimento e encaminhamento adequados, e fortalecer o trabalho em rede. A formação foi feita em parceria com o Comtiba, a FAS e a Prefeitura de Curitiba, com apoio da PUCPR.