5 hábitos de pais que procuram ser conscientes

pais conscientes
A educação envolve uma série de fatores – mas, acima de tudo, deve ser voltada para o futuro. Por isso, pais conscientes preparam melhor as crianças

Educar os filhos não é tarefa fácil, afinal, eles não nascem com manual de instruções. Mas, apesar de haver centenas de dicas e orientações, nenhuma dinâmica se repete. Ou seja, todo dia é um desafio e também um prazer da maternidade ou paternidade totalmente novos. E por mais que sejam pais conscientes, eles ainda têm muito a aprender.

É responsabilidade da mães e dos pais conscientes protegerem, ensinarem sobre o mundo e permitirem condições adequadas para o desenvolvimento dos pequenos. Porém, não se pode dizer que somente as crianças é que aprendem nessa rotina. Afinal, a chegada dos pequenos molda mães e pais, e eles iniciam uma jornada de aprendizados sobre educar alguém para o mudo.

Em meio a isso tudo, a consciência sobre o próprio comportamento, o papel central que se tem na vida da criança e o impacto que as vivência que ela terá na infância durante toda a sua vida são essenciais para formar uma base educacional sólida.

Mães e pais conscientes: exemplos de atitudes

1. Compreender os limites e possibilidades de ser mãe e ser pai

Ninguém nasce pai ou mãe completo, preparado e sabendo tudo do dia para a noite. Assim como tudo na vida, vai ser necessário aprender a lidar com os filhos, seus choros, suas necessidades – se é fome ou calor, se quer colo ou um brinquedo -, assim como será preciso aprender a educá-lo, dar limites, ceder, dizer não, dizer sim.

Pode parecer complexo, e na verdade é. Porque tudo que envolve seres humanos é bastante subjetivo, mas também o desafio é transformador para todos os envolvidos. Educar uma criança é também educar os pais. Ou seja, é exatamente nesse processo do dia a dia que o ser mãe e o ser pai se fazem.

Por isso, ter consciência de si é compreender e respeitar os limites e as possibilidades que são próprias de cada pessoa. Deixar isso claro para a criança vai transformar também a relação com ela, estabelecendo não uma hierarquia, mas sim uma horizontalidade, em que a família é um núcleo e todos estão convivendo.

2. Estar aberto o diálogo

Nos últimos tempos, a educação infantil tem abordado bastante a importância do diálogo para transformar a relação familiar. Mas é fundamental que os pais e mães estejam realmente dispostos a ouvir os pequenos – o que significa mais do que explicar motivos, evitar castigos ou não dar broncas.

Ouvi-los, entender o que eles dizem, ter paciência com processos e adaptações, ajudá-los a lidar com mudanças e a entender o que eles mesmos estão sentindo é essencial para manter essa relação familiar saudável. Além disso, ouvir, muitas vezes, significa olhar para o dia a dia, captar sentido no que as crianças não conseguem dizer, já que elas não têm a experiência e a vivência para auxiliá-las a expressar o que sentem.

3. Estar presente

A rotina é, muitas vezes, puxada para as famílias. Mas, sempre que houver um momento junto da criança, é fundamental que ele seja aproveitado ao máximo. Isto é, que os pais conscientes estejam de fato presentes e interessados, não apenas cumprindo protocolos.

Os pequenos certamente se sentirão mais bem acolhidos e amados com uma real manifestação de interesse, mesmo que por poucas horas. Afinal, isso é melhor do que um fim de semana inteiro sem um diálogo sincero ou uma brincadeira verdadeira.

Essas interações ajudam a reforçar laços afetivos e evidenciam o quanto a afetividade e o estar consciente, estar presente no momento, são importantes.

4. Confie e estimule a autonomia

A confiança é uma relação que se constrói mutuamente – isso significa que tanto os pais precisam confiar nas crianças quanto elas precisam confiar nos pais, caso contrário, a relação familiar não se sustenta.

E isso tem tudo a ver com a autonomia, tão incentivada na educação infantil. Dar autonomia aos pequenos é deixar, dentro de um limite seguro, que eles descubram o mundo, explorem, testem, tomem iniciativas, façam escolhas e, sobretudo, lidem com as consequências.

Para que isso funcione, a família precisa confiar que a base educacional da criança é sólida e que ela saberá tomar suas decisões, da mesma forma que saberá a quem recorrer caso precise de ajuda ou tenha algum problema.

E quando os pais dão votos de confiança aos pequenos, estão mostrando a eles que os respeitam e os compreendem enquanto sujeitos com desejos, vontades e pensamentos.

5. Aprenda e ensine sobre o outro

É bem comum que as primeiras percepções do outro só sejam estabelecidas a partir da vida escolar, quando a criança começa a conviver com outras crianças, que vivem realidades distintas, têm culturas, hábitos e rotinas diversas.

Mas, sempre que possível, é importante que esse outro faça parte da noção de mundo dos pequenos. Isso é importante para que eles cresçam cientes sobre a necessidade de respeitar o próximo, compreendendo as diferenças como algo parte da sociedade.

Mas, além de somente ensinar, é fundamental aprender junto da criança. Pois, todos os dias, adultos aprendem sobre o outro e sobre o universo de outras pessoas. Isso torna claro para as crianças que estar aberto ao diálogo, às novas ideias e aos novos olhares é a chave para uma convivência saudável.

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Educar é uma tarefa que se renova todos os dias. Os pais e mães têm, como responsabilidade, assegurar que as crianças recebam cuidados e dedicação plena e consciente. Isso significa acima de tudo se reconhecerem como passíveis de erros, mas dispostos a construir uma relação saudável com as crianças.

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